Representantes de diversas expressões laicais da Igreja no Brasil e dos regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e 13 bispos, participam entre os dias 24 a 26 de setembro do 12º Seminário com os Bispos referenciais das Comunidades Eclesiais de Base (Ceb´s) e do Laicato no Centro Cultural Missionário em Brasília-DF.
O objetivo, segundo dom Giovane Pereira de Melo, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, é planejar a caminhada e ações da Comissão Episcopal para o Laicato e de suas expressões laicais para o próximo quadriênio.
Dom Giovanni reforçou que o planejamento será feito tendo como referências as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), a avaliação do Ano Nacional do Laicato, os encaminhamentos do 14º Intereclesial de Ceb´s, do Sínodo para a Pan-Amazônia e do Documento nº 105 da CNBB.
“O nosso horizonte é esta realidade da vocação e missão dos cristãos leigos e leigas, as diferentes formas e os jeitos que cada um busca viver e testemunhar o seu batismo, tendo sempre como referência a comunhão e a articulação com os organismos e a comissão da CNBB”, disse.
A presidente do Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB), Sônia Gomes de Oliveira, reforça o caráter integrador do seminário. “Este é o grande desafio: entender as expressões, os carismas, a caminhada de cada um pensando num trabalho e missão conjunta a partir dos diferentes ministérios e vocações”, apontou.
Comunidades missionárias – O bispo de Floresta (PE), dom Gabriele Marchesi, assumiu recentemente o desafio de ser o bispo referencial indicado pela CNBB para acompanhar as Ceb´s. Segundo ele, as Ceb´s se identificam plenamente com o novo caminho proposto pelas diretrizes das comunidades eclesiais missionárias. “Eu penso que as Cebs podem fortalecer sua identidade e mostrar que são uma força dentro da Igreja afim de que essa possa crescer e assumir de um jeito ainda melhor sua missão”, disse.
Neste caminho da integração das diferentes expressões laicais, o bispo de Uruguaiana (RS), dom José Mário Angonese vai acompanhar movimentos, serviços eclesiais e associações laicais nascidas de carismas de ordens e congregações religiosas. “Nosso objetivo maior é unir estas diferentes expressões numa eclesialidade. Se caminharmos desligados, todos nós perdemos forças”, disse.
Presença e participação dos leigos e leigas e a realidade política foram temas das assessorias
A Assessoria com Analise de Conjuntura politica trouxe o Dr Melillo Dinis do Nascimento, representante do Portal da Inteligencia Politica. Segundo ele, o pais retrocedeu em 9 meses com o atual governo e acredita que não acredita em mudanças de época, e sim uma época de “metamorfose”. “O Brasil é um país complexo. Muitos apontam estarmos vivendo épocas de mudanças, o documento 105 fala de mudança de época. Eu creio em uma época de metamorfose. Temos um país polarizado resultado de tantas desigualdades sociais. Precisamos vivenciar e entender o que é o exercício do poder, governabilidade e governança. Estamos reconhecendo o fracasso das políticas públicas quando o governo incentiva a violência principalmente nas periferias. O Brasil em 9 meses e várias versões, que não conseguimos entendem”.
Sínodo do Brasil: A Amazônia deve ser um lugar onde se possa viver com dignidade
Leon Souza da REPAM ministrou uma palestra sobre o Sínodo para Amazônia no 12º Seminário para os Bispos referenciais para as CEBs e para o Laicato nos regionais – Brasília / DF .
segundo ele: “A Amazônia não é um lugar intocável mas um lugar que possam viver com dignidade. O que gerou tantos conflitos sobre o Sínodo? Algumas pessoas, movimentos que resistem ao chamado e pontificado do Papa Francisco, a periferia do mundo está pautando a Igreja a encontrar novos caminhos. De 5 a 28 de outubro teremos a Tenda Casa Comum, um espaço de oração, todo dia celebração martirial. Lugar de aula, de escuta e de celebração.”