A presidência do CNLB conclama a todos e todas para o Grito dos (as) Excluídos(as) 2019

O Grito dos Excluídos/as chega em sua 25º edição mantendo o seu objetivo de defender a vida em primeiro lugar, anunciando a esperança num outro mundo possível e promovendo ações de denúncia dos males causados por este modelo econômico.  O tema deste ano nos alerta sobre a insustentabilidade deste sistema: “Este sistema não vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”.

Por: Sonia Gomes (Presidenta do CNLB)

A conjuntura está sendo muito adversa para os pobres: cerceamento dos direitos conquistados, aumento do desemprego, volta da fome, violência crescente.  A classe dominante com seus mais variados setores (financeiro, agronegócio, mineração…) optou por submeter-se às grandes corporações transnacionais, rompendo o pacto social que garantia o projeto nacional-desenvolvimentista dos últimos governos. Vamos nos amplificar as críticas do papa Francisco ao sistema econômico, que coloca o lucro acima da vida.

A proposta do desmonte da Previdência é um outro projeto que conspira contra os mais pobres e a justiça social. Seu principal objetivo é a instalação da Previdência privada embasada no sistema de capitalização, criando um apetitoso mercado de títulos que envolve mais de 60 milhões de trabalhadores.

Atentos à realidade que nos desafia, o VII Encontro Nacional do Laicato, realizado em Cuiabá neste ano, propiciou momentos de reflexão para que os cristãos leigos e leigas pudessem voltar o olhar sobre o agir em nossa sociedade, e assim reconhecer os rostos sofridos e os gritos que ecoam na atualidade. A partir do Êxodo 3,7-8 refletimos: Quem grita? Com quem estão gritando? Como estamos ouvindo estes gritos?

Assim, não podemos deixar de gritar junto com a famílias que choram vítimas do crime da Vale, recordamos Brumadinho e Mariana. A ação das empresas mineradoras é conhecida pelas violações aos direitos humanos das populações originarias:  indígenas, quilombolas, pescadores, campesinos. Estas comunidades precisam ser respeitadas, pois são os guardiões da Casa Comum.

Precisamos retomar neste Grito o tema da campanha da fraternidade 2019, Fraternidade e Políticas Públicas, ecoar o grito da Amazônia e do Sínodo para a Amazônia. Somos chamados a testemunhar nosso batismo e nos mobilizarmos em defesa da Criação: “vem que a Terra espera quem possa e queira realizar, com amor, a construção de um mundo novo muito melhor”.

O CNLB, por força de sua missão, é chamado a articular, mobilizar, animar e reanimar a chama da esperança, mas também da indignação diante deste sistema que oprime e que mata, o rosto desfigurado do povo sofredor é o rosto de Jesus. A cruz deste povo é a cruz de Jesus.

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