Acampamento Dom Tomás Balduíno comemora um ano de luta pela reforma agrária

Cerca de três mil famílias vivem no acampamento em Quedas do Iguaçu - Créditos: MST
Cerca de três mil famílias vivem no acampamento em Quedas do Iguaçu / MST

O acampamento Dom Tomás Balduíno, em Quedas do Iguaçu (PR), completou um ano de existência neste domingo (10). Um ato político com cerca de oito mil pessoas, marcou o início das comemorações. Após o ato foi organizada uma Feira da Reforma Agrária com alimentos produzidos na região e um almoço coletivo.

A terra que está em disputa entre a União e a madeireira Araupel foi alvo de um ataque em abril deste ano. Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), policiais e jagunços da empresa se entrincheiraram na região para cometer a emboscada. O resultado do crime foi a morte de dois sem-terra e sete feridos – nenhum deles da polícia.

As vítimas, Vilmar Bordim (44), pai de três crianças e Leonir Orback (25), que deixou esposa grávida de nove meses à época, são militantes do MST e membros da organização da ocupação. Ambos foram baleados nas costas, o que “deixa claro que estavam fugindo e não em confronto com os policiais”, segundo o advogado da comarca de Quedas do Iguaçu, Claudemir Torrente, que acompanhou de perto a situação.

Comemoração

A festa de um ano de luta do acampamento Dom Tomás Balduíno, que recebe o nome do fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), teve um churrasco coletivo, com parte dos alimentos doada por comerciantes de Quedas do Iguaçu que apoiam os trabalhadores rurais.

O ato político realizado na parte da manhã, reuniu, além de militantes que estão no acampamento, autoridades regionais, estaduais e federais, para discutir novas perspectivas para a situação da região.

Noticia retirada originalmente do site BRASIL DE FATO

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