Hoje, 29 de novembro de 2020, iniciamos um Novo Ano Litúrgico celebrando o primeiro Domingo do Advento.
Por: Izabel Gonçalves Arpa Gimeno
Advento quer dizer “Há de Vir” e refere-se a Vinda de Cristo no Natal, ou seja, na plenitude dos tempos e sobretudo a Vinda Gloriosa no fim dos tempos.
“Há de vir” é uma manifestação de fé e esperança.
Durante muito tempo sua primeira vinda foi anunciada pelos profetas e aguardada ansiosamente pelo Povo de Deus; Sua segunda vinda é aguardada por nós. Ambas estão contidas no nosso Credo: “concebido pelo Espírito Santo, nascido de Maria Virgem”. “Há de vir julgar os vivos e os mortos e o seu Reino não terá fim.”
Por esse duplo motivo, o Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa (NALC nº39).
Alegria essa que expressamos no terceiro Domingo que é chamado “Galdete” e os paramentos são róseos em vez de roxos como os demais.
O Advento é, portanto, um tempo particular em que somos chamados a refletir sobre a relação com a cotidianidade do nosso viver, sobre o fluir dos dias alegres ou tristes, trabalhosos ou despreocupados a partir do próprio fim, de um lado a indesejada morte e do outro o Encontro com Deus.
O importante não é quando isso ocorrerá e sim sermos conscientes de que este fim pode mudar o gosto de nossa cotidianidade.
O desafio da fé cristã é estar atento aos sinais dos tempos, é aprender a ler nossa realidade, a nossa história, a partir da certeza de que Deus nos ama, e assim viver atentos à Sua Vontade e ao seu conselho: “Estai atentos” “Vigiai”.
Cuidemos para que nunca falte azeite para as nossas lâmpadas como aconteceu as Virgens Imprudentes, segundo o evangelho de Mateus 25, 1-13.
Quanto aos sinais dos tempos, naturalmente estamos estarrecidos com a Pandemia que nos assola e com a violência que a Mídia se encarrega de colocar bem evidente.
Não nos deixemos abater! Deus está sempre conosco! Ele cuida de nós!
Da situação crítica que a realidade nos coloca vejamos que é possível tirar bons proveitos. “A Pandemia nos despi de nossa autossuficiência, escancara nossa fragilidade e, sobretudo, nos obriga a admitir que somos todos iguais porque todos somos diferentes”
Unidos podemos sair dessa lição mais generosos e fraternos. O mundo, com certeza, mais humano. Assim seja!
Izabel Gonçalves Arpa Gimeno – Equipes Docentes