Aparecida: Mãe dos Sofredores

Assim como Jesus anuncia a Boa nova para os pobres e pequeninos, Maria em Aparecida nos ensina a se compadecer dos que mais sofrem e sermos mais humildes

Por: Jeovane da Silveira Fidelis Querino

Nossa Senhora sempre nos cativa com suas aparições aos pequeninos, aos sofredores e sobretudo aos mais pobres, Aparecida não é diferente. Maria é a mãe de Jesus Cristo que também acolhe seus filhos que sofrem, sempre indo em socorro e em seu auxílio.

Desta forma, vale recordar um pouco que a História da devoção a Nossa Senhora Aparecida não é só como uma aparição da imagem de Nossa Senhora aos pescadores que jogam suas redes no rio Paraíba do Sul, que se caracteriza por ser uma pesca milagrosa da imagem de Nossa Senhora do Conceição, mas por ser mais do que uma história e símbolo, Nossa Senhora é essa mãe que acolhe a todos os pobres e sofredores sem distinção de quem eles sejam, indo desde pescadores, a crianças (como em Fátima), mulheres, jovens e dentre tantos outros.

Maria é uma mãe de tantos nomes, mas deixa o amor de Deus impresso em nossas almas, ajuda nos momentos mais difíceis a todos os oprimidos desta Terra a serem amor-oração-doação, ensinando que só podemos conjugar o verbo amar no sentido de viver para amar.

Maria é uma mãe que acolhe todos os que sofrem e buscam seu amparo e intercessão, é aquela que é mãe dos humildes, que no seu silêncio e nas suas poucas palavras da Bíblia nos ensina tudo “fazei tudo o que ele vos disser”. Maria que de origem humilde, se fez serva, para que Deus por meio de seu filho Jesus a elevasse aos céus de corpo e alma, sendo ela mesma sinônimo de elevação dos humildes dessa Terra que tanto sofre e geme de dor, como tanto desmatamento, falta de cuidado, falta de amor aos humildes, aos famélicos e aos pobres desta Latino América e deste Brasil imenso.

Maria é aquela que suplica a Deus preces tão preferidas por ele, caracterizando-se por se doar em vida e em amor pelos seus filhos, por clamar pelos seus filhos despertando o amor que brota do seu Imaculado Coração, mas que chega ao Coração de Deus, pedindo paz e amor ao mundo, sobretudo pedindo Justiça para com os humildes que sofrem.

Maria clama pelos sofredores, pelas vítimas dessa pandemia, para que a violência em suas múltiplas formas não seja a palavra final, mas, sobretudo, em sua escola de oração nos ensina a amar aos que sofrem, aprendendo a ser humilde cada dia para aprender a sermos mais humanos nas nossas relações com os outros.

Maria é um coração que rima no ritmo do coração de Jesus, ela por ser uma orante, ensina-nos que a oração eficaz é aquela que se dar no ritmo do Coração de Jesus, mas também que compreende que o amor que brota do seu filho, preenche-nos com seu regaço acolhedor de Mãe, mostrando-nos que seu filho-Deus jamais abandona quem sofre, jamais abandona os sofredores.

O acolhimento da Mãe de Deus é imenso, isso se exemplifica nos nomes e títulos dela, que nos fazem refletir, especialmente, quando tratamos da Nossa Mãe Aparecida, sobre o amor imenso por aqueles procuram a Deus através do amor aos sofredores, e acham esse amor, que é uma dádiva, no amor-denúncia, no amor-compromisso (como vimos na Campanha da Fraternidade de 2021), no amor-responsabilidade, que nos ensina a sermos cooperadores e corresponsáveis junto a Deus e com a nossa casa comum.

Maria ensina-nos que o amor de Deus não tem fronteiras, amor de Deus não tem limites, o amor de Deus é poético e simples, mas não se cansa de se compadecer com os que mais sofrem.

Jeovane Querino – Cristão Leigo e Geógrafo

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