O Ano Nacional do Laicato mobilizou toda a Igreja, especialmente os cristãos leigos e leigas, com o tema “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na ‘Igreja em Saída’, a serviço do Reino” e o lema “Sal da terra e luz do mundo”, com o propósito de tratar da vocação dos cristãos leigos e leigas como verdadeiros sujeitos eclesiais, para a clareza de sua missão e sua corresponsabilidade pela evangelização, tanto na Igreja como no mundo.
Por: Marilza Schuina
Em muitas Igrejas locais, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil foi o mobilizador do Ano do Laicato e, buscou despertar todos e todas para a vocação, identidade, espiritualidade e missão própria do laicato que é exercer sua missão na Igreja e no mundo, tendo como vocação própria “administrar e ordenar as coisas temporais, em busca do Reino de Deus” (LG 31).
O Ano Nacional do Laicato propiciou:
– a expansão dos Conselhos de Leigos e Leigas;
– serviu para motivar o protagonismo dos cristãos leigos e leigas;
– está tendo continuidade com o Doc. 105 e a CF – Fraternidade e Políticas Públicas;
– a dimensão missionária que teve o ano – seja pela visita dos estandartes, seja pela troca de experiências entre os conselhos;
– envolvimento e participação dos cristãos leigos e leigas das mais variadas profissões nos seminários temáticos;
– forte presença e atuação das organizações filiadas.
O legado do Ano do Laicato foi rico em todos os níveis da vida eclesial. Ainda permanece o desafio de:
– criar programas de formação com enfoque nos ministérios leigos;
– fortalecer a rede de comunidades e
– continuar com a criação dos Conselhos de Leigos e Leigas nas dioceses e fortalecer os já existentes.
No âmbito da sociedade, permanece o desafio de promover mecanismos de participação popular para o fortalecimento do controle social e da gestão participativa e mobilizar a sociedade brasileira para a auditoria cidadã da dívida pública. É importante ressaltar o cristão leigo, leiga, sujeitos da ação eclesial e social porque, como sujeito a pessoa será ela mesma, com todas as suas potencialidades, construída e construtora que foi na convivência com os demais.
Cresceu a consciência crítica, o cristão leigo e leiga está mais maduro, atuante na Igreja e na Sociedade. Que a Igreja no Brasil siga nessa pegada, de incentivar e propiciar as condições necessárias para a atuação de cristãos leigos e leigas que assumam sua missão nas realidades do mundo, onde só o leigo, a leiga é capaz de chegar e ser “Igreja no coração do mundo”.