“Há muito tempo esta casa que nos hospeda sofre com feridas que causamos por causa de uma atitude predatória, que nos faz sentir como soberanos do planeta e dos seus recursos e nos autoriza a um uso irresponsável dos bens que Deus nos deu. Hoje, essas feridas se manifestam dramaticamente em uma crise ecológica sem precedentes, que afeta o solo, o ar, a água e, em geral, o ecossistema em que os seres humanos vivem.” Francisco
Ao expressar solidariedade às famílias atingidas pelas fortes chuvas no estado do Rio de Janeiro, especialmente na cidade de Petrópolis, elevamos a Deus as dores do povo, mas trazemos nossa indignação diante da ausência de políticas públicas que atuem de forma concreta no sentido de prevenir tais acontecimentos.
Somos cientes de que não se trata apenas de uma catástrofe natural, mas soma-se a falta de planejamento na ocupação urbana e ausência de condições dignas de moradia, ancorados por uma relação de expropriação do bioma.
Que o Deus da vida nos impulsione para assumir a luta em defesa de direitos básicos e exigir do poder público a sua responsabilidade no cuidado com a vida de todos e todas. Não podemos nos comover apenas no momento da tragédia, precisamos agir concretamente, assumindo o compromisso como cristãos leigos e leigas a partir do testemunho profético no cuidado com o próximo, em especial os mais pobres.
Por fim, conclamamos a todos e todas que sejam solidários com os irmãos e irmãs que sofrem, doando para o fundo de solidariedade da Diocese de Petrópolis através da chave pix: 24988280216.
Morro da Oficina foi um dos locais mais afetados pela chuva em Petrópolis (RJ) na terça (15) — Foto: Marcos Serra Lima/g1
