Cristãos e Cristãs, semeadores de esperança

Onde recuperar a esperança?

Muitos de vocês já responderam essa pergunta… É isso mesmo, voltando às fontes batismais, revivendo e tornando a acolher a Graça do Batismo!

Por: Wanda Conti

O Batismo é nossa participação na Vida Trinitária, somos membros da Trindade Santa! Participamos da própria VIDA de Deus, recebemos toda força e luz de Seu Amor Infinito, o Espírito Santo, Espírito divino, Espírito de Amor e Luz está presente em nós!

O que é a Esperança? Senão a certeza da presença e vida de Deus no mundo? Esperança é o que nos permite sempre caminhar, ela se traduz também nas utopias da vida. Ela nos sustenta e nos ensina a não desanimar… outros nomes seus: perseverança, confiança, animo renovado.

Esperança é irmã da Fé, ela nos faz crescer na Caridade, que é o Amor de Deus. “ E a Esperança não engana, pois o Amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espirito Santo que nos foi dado… “ Rom. 5,5

A Esperança está sempre conosco, nós é que muitas vezes Não sentimos e por isso começamos a pensar que não a temos…. Não é uma questão de sentir, é uma questão de convicção de Fé.

Voltemos ao Batismo como o Grande Dom de Deus para nós, como o que este Sacramento é na sua realidade plena, pois ele é que dá sentido à nossa vocação laical: estar no meio do mundo para anunciar o Reino, fazer presente o Reino, testemunhar com a vida e com palavras o Reino!

Paulo Freire, o grande educador, dizia: esperançar…. somos filhos da Esperança, somos mensageiros de esperança, somos semeadores de Esperança, somos a própria Esperança personificada.

Mas essa Esperança não é mágica! Temos que acolhê-la dia a dia. Temos que alimentar nossa Esperança. Como alimentamos nosso corpo físico temos que alimentar nossa Esperança. O que alimenta nossa Esperança é “…  ser ensinado por Deus (joão,6) e ter momentos de interiorização e de silêncio. São necessários para poder ouvir Deus.

Então, vamos às fontes de Esperança…

A Palavra Viva de Deus, Deus em Palavra, a Bíblia, lá se encontra alimento para nossa Esperança, para nossa fé, para nosso Amor… Conviver com a Palavra, ler, meditar, aprofundar, estudar a Palavra. Mas, e principalmente, amar essa Palavra como comunicação do Deus Vivo e Verdadeiro. Como grande Dom para nossa vida.

A vida de oração, o convívio diário com Deus, como diz o Papa Francisco: ….a proximidade com Deus. Encontrar-se com Ele como com um amigo, irmão, pai/mãe. Ouvir o que Ele quer revelar de Si mesmo, de Seu Amor por mim e de Seu Projeto de Salvação para toda a Humanidade. Criar momentos na Comunidade para uma oração comunitária espontânea e libertadora.

O serviço aos irmãos, diz Jesus quando fala de Zaqueu: eu vim para salvar o que estava perdido. Essa é a escolha de Jesus, é também a nossa escolha. Servir os irmãos e irmãs, é ir doando a minha vida nas tarefas do dia a dia, é não descuidar de quem sofre, de quem tem fome, de quem tem frio, de quem é solitário. Servir é mostrar ao irmão que ele pode contar comigo como seu irmão, sua irmã. Que os que nos rodeiam saibam que podem contar conosco.

A participação nos Sacramentos, principalmente a Confissão e a Eucaristia. Que dois grandes momentos para viver em profundidade a vida divina. Deus se faz PRESENTE e me convida a estar presente também. Sinal sensível e eficaz da presença divina, da presença de Jesus.

A vida de fé na Comunidade, repensar nossos encontros comunitários. Não somente na liturgia sacramental mas também em momentos de formação, de oração comum, de troca, de partilha e de confraternização. De alegria e festa para crescer na comunhão e na fé.

A participação no Conselho de Leigos, poderíamos acrescentar nos diferentes Movimentos e Pastorais, mas quero priorizar o CNLB, que por seu Objetivo se constitui num agente de formação, de espiritualidade e de convivência eclesial e fraterna que alimenta nossa Esperança. O Conselho também contribui para uma reflexão aprofundada da conjuntura para discernir ações concretas de transformação social, econômica e política.

A inserção na Sociedade, como nos lembra o Papa João Paulo II na Encíclica ChristifidelesLaici, … “é aí no meio do mundo que se realiza a vocação dos cristãos leigos e leigas”, e nos diz ainda: “ não é um lugar antropológico mas sim teológico para os cristãos leigos e leigas”…. nossa participação social buscando transformar a Sociedade, fazendo-a mais justa e mais fraterna, anúncio do Reino, aí está nossa missão e nossa vocação laical. O Laicato que Deus quer é um laicato maduro, consciente, coerente e decidido a comunicar o Amor de Deus. Um Laicato que seja luz e sal , que dê sabor à vida, que ilumine as trevas, que viva na Alegria e na Paz.

Assumir os grandes desafios de nossa vida pessoal e de nossa vida social e política como quem sabe que “em Deus somos mais que vencedores…. sei em Quem coloquei minha confiança…”

Como dizia, um antigo livro de Jacques Loew: … andar e agir como se visse o invisível…. Nós sabemos e cremos que Deus, em Jesus e pelo Seu Espírito, está presente, vivo e ressuscitado no meio de nós…. “ O Verbo se fez Humano e habitou entre nós….” Jesus nos lembra em sãoJoão, “permanecei no meu Amor…”

Essa é a nossa Fé, é a nossa Esperança e é a nossa Força para a Caminhada!!!! São sementes que recebemos desde o nosso Batismo…. semear é preciso !!!

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