Em todas as culturas festa se faz com muita comida

E Deus no fim da história, quando todos os povos aceitarem a salvação, também dará um banquete de finos manjares para selar a sua Aliança definitiva com a humanidade.  Este banquete é antecipado na Eucaristia que é sinal e antecipação do Reino de Deus porque o Reino dos Céus é semelhante a história do rei que preparou a festa de casamento de seu filho. O casamento é um sinal da Aliança entre Deus e os homens.

Por: Dom Sérgio Eduardo Castriani

Todo mundo gosta de dar festa no dia do seu casamento, e no casamento de seus filhos. Ora, é uma ofensa muito grande recusar um convite para uma festa assim. Mas para surpresa dos ouvintes todos os convidados um a um vão apresentando desculpas esfarrapadas para não ir a festa. Eles não deram a mínima para o convite e alguns chegaram a tratar mal os empregados que vieram trazer o convite.

Impressiona a violência com que são tratados os primeiros convidados, foram mortos e tiveram as suas casas incendiadas.  O rei então mandou que os seus empegados fossem às encruzilhadas e a beira dos caminhos e trouxessem todos bons e maus para a festa. Assim fizeram e a sala da festa ficou cheia. Mas um dos convidados não estava trajado para a festa e foi expulso pelo rei e lançado fora. Impressiona a violência com a qual ele é tratado.

Os convidados para a festa não aceitaram por que? Ir a uma festa significa compromisso com quem está convidando. Você vai a festas quando é convidado e está disposto a ser amigo do anfitrião. Fica claro para quem Jesus está contando a parábola. É para o povo judeu que convidado para participar da dinâmica do Reino, não quis entrar e acabaram por matar o Filho de Deus. Um outro povo foi escolhido para fazer parte do banquete do Reino. Um povo que estava a beira do caminho e nas encruzilhadas da vida.

Mas os ouvintes são surpreendidos de novo. Um dos convidados está sem o traje da festa, e é expulso de forma violenta pelo dono da festa. E termina dizendo que muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos. O reino tem suas exigências, e não se pode entrar nele sem as vestes novas da justiça e da verdade, dispostos a partilhar a vida com Jesus.

Estamos no mês das missões, Missionário é o empregado que vai convidar as pessoas para participarem do banquete que antecipa o Reino de Deus. A Igreja é sinal do reino quando oferece a todos os povos a oportunidade de experimentar as alegrias do reino antecipando o grande banquete final, que acontecerá no fim dos tempos. Todos são convidados pelo Senhor. A morte do filho foi o que levou o Senhor abrir as portas do banquete para todos.

Quem acredita no final dos tempos como um banquete, nesta vida não e exigente com os outros. Como Paulo sabe viver com fartura e na escassez. Ele tudo pode naquele que lhe dá força. Mas foi boa a atitude dos filipenses que mandaram uma ajuda para que ele suprisse as suas necessidades. Chamados a participar do Reino, nós podemos nos dispor a ele ou não. Fora dele temos a violência, Dentro dele temos a paz que só o Cristo pode dar. Por enquanto vivemos os sinais do Reino. Um dia Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lagrimas de todas as faces e acabará com a desonra de seu povo em toda a terra.

Na festa da padroeira somos convidados a participar do banquete dos filhos de Deus e de Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, que começa com a Eucaristia que vamos celebrar, mas que continua com a nossa partilha.

Dom Sérgio Eduardo Castriani – bispo emérito da Arquidiocese de Manaus  

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