A Comissão Justiça e Paz de Brasília, por meio dessa nota, expressa veemente repúdio a incompreensível e revoltante ameaça realizada contra a Cúria Metropolitana de Brasília que resultou no fechamento da Esplanada dos Ministérios com a publicação do Decreto Governamental 40.884/20.
Por: Comissão Justiça e Paz de Brasília
De igual relevo, hipoteca solidariedade ao Reverendíssimo Dom Marcony Vinícius Ferreira, injustamente agravado, tanto mais quanto provindo de seu próprio redil e reforça o apoio e a estima que sua tenacidade, nesse período conturbado inspiram e revelam-se como exemplo apaziguador que se faz edificante.
É importante relembrar as palavras do Papa Francisco na Santa Missa na Basílica do Santuário de Nossa Senhora Aparecida em sua visita ao Brasil:
“(…) Quantas dificuldades na vida de cada um, no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança!”
No mesmo caminhar reconhece o cuidado do Excelentíssimo Governador ao interditar a Esplanada dos Ministérios quando de pronto tomou conhecimento das ameaças direcionadas à Cúria Metropolitana, não obstante, reivindique-se que, a partir de então, as forças de segurança que estão sob a égide de sua autoridade, sejam devidamente encaminhadas para preservar a incolumidade física e o patrimônio da Arquidiocese de Brasília, sob pena das ameaças consumarem-se.
Por fim, porque não se pode ignorar que “a justiça que vem de Deus (e não se pode) estabelecer sua própria justiça” (Misericordiae Vultus, n, 21), espera que a Polícia Judiciária e o Poder Judiciário sejam efetivos em suas ações, encontrando os responsáveis por tão graves ameaças e tomando as medidas cabíveis para coibir esses atos, que não se esgotam numa afronta aos fundamentos do ideal evangélico (Evangelii Gaudium, capítulo I), mas atentam contra os preceitos constitucionais, legais e administrativos.