O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento do Papa Francisco, nesta manhã de segunda-feira.

CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL
Organismo do Povo de Deus

“…se a morte é uma realidade natural da vida, devemos estar preparados para acolher a morte como irmã da vida.”
Papa Francisco

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB recebeu com muita tristeza a notícia do falecimento do Papa Francisco, nesta manhã de segunda-feira. A notícia de sua perda chegou na oitava da Páscoa, quando o Evangelho nos pede para não termos medo e mostra as mulheres correndo com grande alegria para dar a notícia da Ressurreição de Jesus.

Este é o legado que queremos levar do querido Papa Francisco, homem simples, que tinha costumes simples e um jeito simples de falar. Francisco deixa um legado para toda a Igreja: que nós, cristãos leigos e leigas, sejamos corresponsáveis na missão desta Igreja, que não nos sintamos membros inferiores: “Vocês, leigas e leigos, têm que viver com Esperança e alegria!”

O Papa do Acolhimento, com sorriso aberto e ouvidos atentos, sempre tinha tempo para escutar, pois sabia viver este jeito de acolher a todos e todas. Foi um pastor que, em seus 12 anos de pontificado, recuperou o lugar dos pobres no centro da missão evangelizadora, porque esta era a opção de Jesus. Deixou ainda o legado da Esperança que não decepciona; do Amor e da humildade, que nos livram da tentação de buscar o poder, ao invés de testemunhar o serviço; e da Fé encarnada nas realidades do mundo de hoje. O Papa nos pede o cuidado com a Casa Comum, a ecologia integral, pois tudo está interligado.

Profeta do nosso tempo, fiel ao Evangelho, Francisco fez grandes reformas no Vaticano, pôs em pauta temas que outros não tiveram coragem de abordar, denunciou tantas situações que vão contra o Evangelho – inclusive dentro da Igreja – e as estruturas que geram e mantêm a pobreza. Ele chorou a dor de tantos homens e mulheres, rezou por eles e pediu que também rezassem por ele. Foi a voz dos sem voz, a alegria dos entristecidos e a esperança dos desesperançados. Recuperou a visibilidade da mulher, do jovem, da família, das minorias. Suas ações foram de um Papa cristão, que abraçou o mundo como lugar de pastoreio, e não um papa católico, preocupado somente com seus fiéis. Hoje o mundo está triste pela sua morte, mas o céu se alegra por ganhar mais um Santo.

O Papa Francisco nos deixa o legado de uma Igreja Sinodal, aberta a todos e todas, acolhedora, missionária, do diálogo e do serviço. Uma Igreja atenta às urgências deste nosso tempo, sinal e testemunha do Reino de Deus.

Sua vida nos motiva a continuar neste mesmo caminho. Que sejamos homens e mulheres sujeitos da missão, da comunhão, da participação, comprometidos em fazer acontecer esta Igreja em saída. Que as estruturas não nos sufoquem. Que também possamos ver, ouvir e sentir as dores e alegrias do povo. Que vivamos a alegria do Evangelho e sejamos profetas do nosso tempo, portadores da alegria, como as mulheres daquela primeira oitava da Páscoa.

Francisco, nossa gratidão pela sua vida, seu testemunho, sua inspiração para todos nós.

 Presidente do Conselho Nacional do Laicato, Sônia Gomes de Oliveira.

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