Durante a reunião do Conselho Permanente (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi apresentada pela equipe de análise de conjuntura do organismo, um recorte sobre a questão socioambiental e o cuidado com a Casa Comum, representada pelo Pe. Thierry Linard.
Nossa ineficácia em relação ao cuidado com a Casa Comum é destacada pela Crise Ambiental Global que se mostra com as Mudanças Climáticas. Com eventos extremos cada vez mais comuns, a emergência climática destaca a vulnerabilidade, especialmente no Brasil, que abriga a maior biodiversidade do planeta.
Biomas Brasileiros
Os biomas brasileiros – Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa – desempenham funções vitais. No entanto, o desenvolvimento desenfreado coloca esses biomas em risco, resultando em perda de biodiversidade e degradação ambiental. As atividades humanas, como a expansão agrícola e a mineração, têm impactado severamente esses biomas, contribuindo para as emissões de gases de efeito estufa. Um ataque a Integridade da Criação que revela a falta de cuidado com a Casa Comum.
Expansão das Fronteiras Agrícolas
A expansão agrícola no Brasil foi marcada por drásticas perturbações dos biomas, especialmente a devastação da Mata Atlântica. Desde os anos 1930, a agricultura brasileira vem se subordinando ao capital industrial e financeiro, com políticas que incentivaram a entrada de capital estrangeiro e a expansão de monoculturas de exportação, como a soja e a pecuária. Esse modelo econômico, criticado pelo Papa Francisco, prioriza atividades predatórias que resultam em degradação ambiental e crises sociais.
A Necessidade de uma Ecologia Integral para o cuidado com a Casa Comum
A Ecologia Integral, defendida pelo Papa Francisco na encíclica Laudato Si‘, propõe uma visão holística, onde a deterioração ambiental e a degradação humana e social são combatidas conjuntamente. A transformação do modelo econômico é urgente para garantir um futuro sustentável. Devemos promover um novo estilo de vida, mais sustentável, comprometido com a regeneração e o cuidado com a Casa Comum.
É urgente refundarmos a relação entre o ser humano e a natureza, buscando padrões mais equilibrados e harmônicos de convivência. Somente assim poderemos garantir uma humanidade digna e cheia de vida, em harmonia com os ecossistemas que sustentam nossa existência.
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