O Segundo dia da Assembléia Eclesial da América e Caribe

Nesta terça-feira, 23, aconteceu o segundo dia de trabalhos da Assembleia Eclesial da América Latina. O evento promovido pelo Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) acontece na Cidade do México de 21 a 28 de novembro.

A conversão pastoral integral e os quatro sonhos proféticos nos inspiraram. “O tempo acabou e o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e creiais na Boa Nova” (Mc 1,15)  foi neste objetivo que marcou  este segundo dia, que foi marcado pela temática da conversão pastoral. 

Assim o presente  Documento de Aparecida, os assembleistas estão refletindo sobre a importância de nós passarmos de uma pastoral de conservação para uma pastoral onde efetivamente estejamos todos comprometidos com a ação evangelizadora da Igreja. Que todo o povo de Deus possa se comprometer com a ação evangelizadora da Igreja. Igreja que deve ser em saída, missionária, samaritana, que verdadeiramente seja servidora dos mais frágeis, dos pequenos, dos pobres, dos que clamam por Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Durante a conferencia na parte da manhã  dissertando o tema A CONVERSÃO PASTORAL INTEGRAL E OS QUATRO SONHOS PROFÉTICOS padre Agenor Brighenti faz uma fala profética e ressalta: “Esta Primeira Assembleia Eclesial não é apenas mais um acontecimento. É uma nova etapa em um rico processo sinodal na América Latina e no Caribe, que deu à nossa Igreja uma palavra e um rosto próprios. A sua singularidade é, além de ser um acontecimento não só para bispos, mas sobretudo  para tentar reavivar Aparecida. Aparecida é, basicamente, uma Conferência que se propôs a dar um novo impulso à renovação do Vaticano II, segundo a “recepção criativa” de seus eixos fundamentais, realizada em torno de Medellín, Puebla e Santo Domingo.”

Após a fala de Agenor Brighenti, foi  hora de voltar aos grupos de trabalho onde os membros da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe puderam debruçar sobre as urgência pastorais dos Países como também ao final escolher as cinco urgências prioritárias para o continente americano a realidade dos quatro sonhos. Assim, em sintonia com a conversão pastoral da Igreja, resgatada por Aparecida e que esta Assembleia quer reviver, o Papa Francisco na Querida Amazônia, através de quatro sonhos, projeta o horizonte de uma evangelização, que desafia particularmente esta Assembleia eclesial: um sonho social, um sonho cultural, um sonho ecológico e um sonho eclesial.

As conversas dos grupos de trabalho trouxeram discussões que nos ajudam a enxergar as urgências  a luz dos sonhos: grandes foram as contribuições para reafirmar, refundar as Comunidades Eclesiais de Base como espaço de diálogo, formação encontro com as diversas realidades, anunciado, evangelizando testemunhando um Deus vivo que caminha junto com o povo, que escuta e liberta e convoca a todos a construir esta libertação. Trazendo  uma cultura eclesial marcadamente laical, participação ativa que fomente e promova o  protagonismo laical. Retomando a eclesialidade do Concilio Vaticano II, Igreja povo de Deus-Ministerial reafirmando a Opção preferencial pelos pobres numa evangelização com perfume social que tenha foco nos direitos humanos e na inclusão e respeito a diversidade. Reconhecendo e Promover a inclusão eclesial das mulheres, das juventudes despertando o protagonismo e a participação nos espaços decisórios da vida da Igreja. Instituindo  uma formação presbiteral, religiosos e religiosas, vida consagrada em geral e laical com foco na Igreja sinodal comprometida com a promoção da dignidade da vida  no aspecto social e espiritual respeitando as diferentes culturas e realidades e tantas outras que foram discutidas dentro dos outros 50 grupos de trabalhos divididos com os assembleistas.

Ao final do programa do segundo  dia escutamos  relatos de síntese onde vivemos a realidade  sobre Raízes culturais da América Latina e o Caribe. Tratou da temática do clericalismo, um grande mal que impede que aconteça efetivamente a sinodalidade na Igreja.

Mauricio Lopes, da REPAM, pontuou sobre a necessidade de tirar do papel e colocar em prática toda a escuta feita no processo de construção da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe. Disse que a hora é agora. Hora de se lançar para fazer acontecer uma Igreja sinodal e “em saída”.

Sob a proteção da senhora de Guadalupe padroeira nossa povo latino, possa nos guiar nesta jornada em busca da Civilização do Amor, e na missão, para sermos uma Igreja mais acolhedora, samaritana, maternal e acolhedora e em saída. Leonardo Henrique de Souza Moura

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