O Terceiro dia da Assembléia Eclesial America e Caribe

MG. Guilhermo Sandoval Vásquez – Diretor do Centro de Gestão de Conhecimento

A política é uma altíssima vocação ao ser humano para construir o bem comum desde a caridade cristã.

Isso começa no Vaticano II, desde o Santo Padre o Papa  Paulo VI ao Papa Francisco, se há retirado muitas vezes  e por isso a não pode estar ausente do debate sobre a situação socioeconômica da América Latina e Caribe. Depois dos tempos de ditadura, pensávamos que a democracia estava assentada, no entanto há retrocesso em alguns países.

É preocupante que a participação popular baixe. São sinais de alarme. A democracia política não está separada da democracia econômica. Nenhuma democracia é plena se não cuida do ser humano e da casa comum.

É justamente a orientação geral documento sobre a questão social  que alcança  dimensões de todas as dimensões ecológica integral a dimensão social e a dimensão cultural para finalmente observar toda a perspectiva teológico-pastoral, por isso recomendamos a leitura do documento do observatório socio antropológico pastoral do Celam.  

A Igreja deve caminhar junto aos povos de América Latina e Caribe.

Padre David Jasso

Nossos dispositivos digitais não são muros, são pontes, ruas e avenidas. Como discípulos missionários e missionárias em saída, caminhamos por meio das redes sociais. Em Assembleia, estamos vivendo um momento de ouvir e isso deve ser uma atitude. Ouvir é ver, é sentir, uma escuta integral, é um olhar contemplativo. Percorremos o texto de Mc 6, 34. Jesus está na barca, deixa a barca, desce e abandona a comodidade, para ir a origem, observa toda a multidão e sente compaixão.

No documento de Aparecida 245 diz: “No hoje do nosso continente latino-americano, levanta-se a mesma pergunta cheia de expectativa: “Mestre, onde vives?” (Jo 1,38), onde te encontramos de maneira adequada para “abrir um autêntico processo de conversão, comunhão e solidariedade?”138 Quais são os lugares, as pessoas, os dons que nos falam de ti, que nos colocam em comunhão contigo e nos permitem ser discípulos e teus missionários?”. Essas perguntas fazemos hoje ao Senhor, onde te encontramos? Onde estás? Onde devemos viver a conversão, a solidariedade a amizade social, a fraternidade universal, onde nos colocamos em comunhão contigo? onde desejas que sejamos discípulos missionários em saída?

Cardeal Leopoldo Brenes – vice-presidente do Celam e arcebispo de Managua – Nicarágua

Somos discípulos e missionários de Jesus para que os povos tenham vida.

O Espírito Santo nos convoca nesta ocasião através do Papa Francisco. Todos somos discípulos missionários em saída é nosso lema.

“Vão e façam discípulos de todas as nações” Mt 28,19.

Devemos realizar uma missão continental. Somos um organismo de serviço e temos que levar adiante, a cabeça, os bispos e o laicato.

Papa disse não a uma sexta conferência, pq estamos em dívida com Aparecida.

Devemos abrir corações e mentes para escutar e aceitar o desafio de Aparecida e do Evangelho, de ser uma igreja em saída.

Concluo com frase do Papa = temos necessidade do Espírito, de um alento de deus, reviver o que está morto. Ser guiados pelo Espírito por onde ele quer e não pelos nossos gostos pessoais.

Cardeal Odílio Scherer

O Papa nos pede que retornemos ao documento de Aparecida, pois contém uma riqueza que ainda tem muito a oferecer. Nesta assembleia devemos fazer avaliação dos frutos de Aparecida, de suas conclusões, já influenciaram a vida da igreja, vida pastoral e o continente. Avaliemos os aspectos que ainda não foram assumidos devidamente.

Hna. María Suyapa Cacho Álvarez

A exclusão, discriminação e racismo contra a mulher negra principalmente, são nossas preocupações. Estamos aqui para compartilhar a dor e a esperança do povo afrolatinoamericano.

Patrícia Gualinga, do povo Kischwa

Devemos cuidar da natureza e da casa comum, ver a Deus em toda a criação. Isso é fundamental e também a defesa dos direitos coletivos, a solidariedade e uma cultura eu possa aportar uma construção de um mundo melhor.

P. Carlos Maria Galli – Prof. Universidade Católica Argentina – Foi perito teológico da Conferência de Aparecida – membro da comissão teológica internacional do Celam e coordenador da equipe de reflexão pastoral do Celam 

Nosso tema é a Igreja em saída missionária, agregando o “o transbordo do Espirito”, de um amor criativo. 

Temos que compartilhar a vida de Jesus com todos os povos.

O Concílio Vaticano II, diz que o Espírito Santo nos capacita para cumprir nossa missão, numa reforma permanente da Igreja para ser mais fiel a Jesus, sempre num caminho de purificação.

O itinerário da reflexão tem cinco pontos:

1º. O envio missionário do ressuscitado em São Mateus;

2º Sua atualização em uma igreja em reforma permanente;

3º A forma que vivemos aprendendo a pastoralidade do Papa Francisco, Igreja Missioneira

4º O que significa a Igreja da América Latina e do Caribe

5º Algumas grande linhas deste transborde criativo do Espirito Santo que suplicamos para que impulsione a práxis de         nossa Sinodalidade missionaria.

Mateus repete para ir a todos os povos de forma comunitária e universal, em todas as cultura e nações.  Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

O verbo “ir” na primeira pessoa do plural e imperativo é o verbo de missioneiro por excelência é móvel e mobilizador o ressuscitado envia os discípulos particularmente os apóstolos a todos os seres humanos, cada evangelho diz a seu modo: Toda as Criatura, disse Marcos; Lucas os envia até os confins da terra e Paulo a todos os homens e Mateus disse a todas as nações, porque seu evangelho apresenta uma igreja para os povos dos povos. O destaque do evangelho é que se trata de ser comunitário e universal a todos os povos, as línguas, as culturas, as nações e manifesta o movimento de dentro para fora é a missão., recebida do Senhor   

A igreja do século 21 se dirige a todas as periferias, à luz do Vaticano II, uma reforma irreversível. Na Laudato Si, Francisco resume que os membros da Igreja devem mobilizar um processo de reforma, renovação pendente do Vaticano II. Ir ao evangelho, renovar nossas fontes para ajudar a todos os homens nessa missão.

A igreja existe para evangelizar. É sua identidade e finalidade na história. A saída missionária é o paradigma de toda igreja.

Há missão paradigmática e missão programática, uma incluída na outra. Simbólismo, eventos e programações para o evangelho vivo de Jesus. Devemos avançar no caminho da conversão missionária.

Francisco sintetiza em conversão pastoral e missionária. As coisas não podem segu ir como estão. O que está caduco, devemos abandonar. Sonho de uma ação missionária que possa transformar tudo, a serviço dos nossos povos latinos e caribenhos.

O primeiro papa latino americano é pastor universal. Deve haver íntima união entre discipulado e missão. Não há um se o outro.

A igreja discipular deve ser missionária. A identidade dos missionários deve ser a alegria, a que recebemos e damos. A alegria de Cristo. A alegria do amor pelas famílias. A alegria de evangelizar. A alegria missionária. Felizes de compartilhar a missão. Isso nasce em nossos corações.

Uma igreja em saída missionária na américa latina e caribe, desde 2013, notamos que o Espírito sopra desde o sul do mundo. Hoje em 2010, o maior número de batizados 38% vive no norte e 68% nos continentes do Sul. A igreja do 3 milênio é a igreja fortalecida pelas igrejas do Sul para uma catolicidade intercultural e uma figura policêntrica.

A áfrica é onde mais cresce o catolicismo. Deus deu graça a Igreja latino-americana e caribenha e seu rosto se mostra para todo mundo. Há novas figuras eclesiais e regionais, a da Amazônia e esta Assembleia Sinodal. Luzes e sombras, muitos pecados mas muita graça. A última parte da reflexão para os grupos a identificar orientações em comum. A missão pela alegria e gratidão. Generosidade para compartilhar humildemente o testemunho do reino de Deus.

Uma igreja carismática centrada em Cristo. É o primeiro que devemos escutar, para depois anunciar. Reconhendo a graça de Deus e a força do Espírito. O que define a comunicação é Cristo, o centro de nossa fé, da nossa vida e da nossa história.

Evangelizar é seguir a cruz. Com gesto, palavras e testemunho de vida em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um modelo de comunhão na diversidade e unidade. Falar da misericórdia de Deus. E assim que volta para a humanidade. Uma espiritualidade, teologia e pastoral de misericórdia. Com compaixão e ternura, somos chamados a tocar nossos povos, principalmente as vítimas do povo.

A paternidade e misericórdia deve fazer a fraternidade entre os povos, todos irmãos em Jesus.

A forma mais plena de alteridade é a fraternidade, que nos torna irmãos e irmãos em Cristo, nem escravo nem livres, todos iguais em Jesus, para diminuir a desigualdade e a violência e a exclusão.

Há que pensar linhas pastorais nessas linhas, uma fraternidade universsal e uma amizade local. Observar a parábola do bom samaritano. O estrangeiro é o único que se aproxima e se compadece. Já não importa quem é o meu próximo, mas quem está próximo, principalmente os necessitados. Essa é a nova do amor cristão. Exercer a misericórdia e a solidariedade.

Inclusão, paz e cuidado da casa comum. Por isso usou o nome de Francisco de Assis. A mensagem de Francisco, ser um instrumento de paz. A mãe terra tendo essa paz, toda a natureza e os irmãos mais pobres. Fraternidade Universal.

Focar numa igreja urbanizada e não Da Urbe. É preciso descobrir Deus presente entre nós, na dor e no amor. Principalmente na América Latina e Caribe, regiões altamente urbanizadas, mais do que a europa. Uma igreja em saída na cidade. Nas cidades e suas periferias. Pastoral urbana, em cidades pequenas ou grandes. Ir aos demais onde estão e como são, não como queremos que seja.

Devemos ter excesso de amor, misericórdia. Para diminuir as diferenças profundas entre nós. Com generosidade criatividade, embalados pelo Espírito de Deus, fonte de vida plena, abundante. Dar aos outros o consolo que recebemos de Deus. Entender a evangelização como uma nova visita do Espírito Santo, assim como foi com Maria.

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