A região do antigo aeroporto da capital de Uganda foi o palco para o encontro de milhares de jovens ugandeses com o Papa Francisco, no início da tarde de sábado (28/11).
Por Radio Vaticana
“Uma experiência negativa pode servir para algo na vida?”, questionou-se o Papa ao iniciar seu discurso improvisado após ouvir o testemunho de dois jovens.
“Sim”, afirmou o Pontífice.
“Diante de uma experiência negativa, sempre há a possibilidade de abrir um novo horizonte, de abrir com a força de Jesus. Transformar a amargura em esperança. Isso não é mágica, é obra de Jesus, que tudo pode. Ele é o Senhor. Jesus sofreu a experiência mais negativa da história: foi insultado, rechaçado e assassinado. E Jesus, com o poder de Deus, ressuscitou. Ele pode fazer em cada um de nós o mesmo com cada uma das experiências negativas”.
“Nossa vida é como uma semente” – prosseguiu o Papa –, “é preciso morrer para viver. E se eu transformo o negativo em positivo, sou um vencedor. Mas isso só pode ser feito por meio de Jesus”.
“Vocês estão prontos a transformar o ódio em amor?
Estão dispostos a transformar a guerra em paz?
Vocês tem consciência que são um povo de mártires?”, perguntou o Papa à multidão.
“Nas veias de vocês corre o sangue dos mártires, e por isso têm a fé e a vida que têm agora”.
Abram as portas dos seus corações e deixem Jesus entrar, exortou o Papa.
“Quando Jesus entra na sua vida ele ajuda a lutar contra todos os problemas, contra uma depressão, contra a aids. Pedir ajuda para superar esta situação. Mas sempre lutar. Lutar com meu desejo, e lutar com minha oração”.
“Estão dispostos a lutar? Estão dispostos a desejar o melhor para vocês? Estão dispostos a pedir e rezar a Jesus para ajuda-los nessa luta?”, lançou novamente à multidão, antes de concluir.
“Somos todos parte da Igreja, e essa Igreja tem uma mãe. Rezemos a nossa Mãe”.
Trinômio
Por fim, o discurso improvisado adquiriu a característica própria de Francisco articulada em um trinômio: “Superar as dificuldades, transformar o negativo em positivo e terceiro: oração”.