“A lógica que orienta a missão de Jesus e a missão da Igreja é ir em busca, “pescar” os homens e as mulheres – sem fazer proselitismo – para restituir a todos a plena dignidade e a liberdade, mediante o perdão dos pecados. O mais essencial do cristianismo é difundir o amor regenerador e gratuito de Deus, com atitude de acolhimento e misericórdia, para que cada um possa encontrar a ternura de Deus e ter a plenitude de vida”.
Esta foi a passagem central da reflexão feita pelo Papa na manhã de domingo (07/02), antes da oração mariana do Angelus. São Padre Pio e São Leopoldo, confessores Francisco também lembrou em especial os confessores, os primeiros a oferecer a misericórdia do Pai seguindo o exemplo de Jesus, “como fizeram os dois frades santos, Padre Leopoldo e Padre Pio”, cujas relíquias estão expostas no Altar da Confissão, na Basílica de São Pedro.
A pesca milagrosa de Simão Pedro Às milhares de pessoas presentes na Praça São Pedro, o Papa mencionou o episódio da Pesca Milagrosa narrado no Evangelho de Lucas: Simão Pedro deixa tudo e decide seguir o Mestre, vendo que depois de sua pregação, as redes se encheram de peixes. Tiago e João fazem o mesmo. Aquele sinal prodigioso os convenceu de que Jesus não tinha apenas uma palavra verdadeira e poderosa, mas que Ele era o Senhor, a manifestação de Deus. Tornaram-se os primeiros discípulos de Jesus.
Inicialmente espantado com a proximidade do Senhor, Pedro sente a sua mesquinhez; sabe que é um pecador. Mas Jesus o tranquiliza: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!”.
Confiar na palavra
“Do mesmo modo, hoje o Evangelho nos questiona: sabemos confiar realmente na palavra do Senhor? Ou nos deixamos desencorajar por nossos fracassos? Neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a confortar aqueles que se sentem pecadores e indignos, aqueles que estão desanimados por seus erros, e a dizer-lhes as mesmas palavras de Jesus: “Não tenham medo, a misericórdia do Pai é maior do que os seus pecados, é maior!”. Após rezar o Angelus com os fiéis, o Papa concedeu a todos a sua bênção.
Mais esforços pela ‘amada Síria’
Prosseguindo, Francisco pediu um maior esforço da comunidade internacional em levar ajudas e promover negociações de paz para a ‘amada e martirizada Síria’: “Com viva preocupação acompanho o dramático destino dos povos envolvidos nos violentos combates na amada Síria e forçados a abandonar tudo o que têm para fugir do horror da guerra. Espero que, com solidariedade e generosidade, seja oferecida a ajuda necessária para assegurar sua sobrevivência e dignidade. Apelo à comunidade internacional pedindo que não poupe nenhum esforço para levar os contendentes a uma mesa de negociações. Somente a solução política do conflito será capaz de garantir um futuro de reconciliação e de paz para este querido e martirizado país, pelo qual convido todos a rezar muito”.
O Pontífice pediu aos presentes que se unissem a ele e rezassem juntos a ‘Ave Maria’.