Reflexões, discernimento e consensos marcaram o Seminário de Estudo do Documento de Trabalho do Sínodo para a Amazônia que terminou no final da tarde dessa quinta-feira (18), em Brasília. Com o objetivo de assessorar os bispos para compreender melhor os desafios e potencialidades do Sínodo, a atividade foi organizada pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular/CESEEP e pela Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil.
Por: CNBB e Paulo Martins/RAPAM
Durante os três dias de atividade, iniciados na última terça-feira (16), os participantes puderam aprofundar as temáticas discutidas no Instrumentum Laboris, bem como identificar as possíveis carências e imprecisões no texto. Ainda, os bispos participaram de oficinas de texto como preparação das aulas sinodais, que ocorrerão na assembleia de outubro, no Vaticano.
O Seminário de Estudo está dentro de um caminho de reflexões em preparação para o Sínodo, iniciado em janeiro desse ano por diversas instituições que auxiliam os bispos. De acordo com Moema Miranda, assessora da REPAM-Brasil, depois do encontro de teólogos promovido pela REPAM, do encontro da Rede Ameríndia, a atividade desses dias foi um grande marco. “A presenta dos especialistas e das especialistas deu muita força com a consciência de que são os bispos agora. É deles agora a tarefa, mas não estão sozinhos, eles contam com a nossa oração e também com toda a nossa ajuda”, completou Moema.
Dom Canísio Klaus, bispo de Sinop, no Mato Grosso, avaliou como positiva a metodologia de trabalho e o aprofundamento que foi feito no Seminário. “Ele agregou as novidades, sobretudo dos encaminhamentos para o Sínodo, e também de estudo e de compromisso de preparar bem a nossa participação ativa na assembleia sinodal”, afirmou Dom Canísio.
Presidência CNBB – O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo e o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da entidade, dom Joel Portella participaram do seminário e manifestaram apoio ao processo sinodal. Os dois vice-presidentes da CNBB também participaram do evento. “Esse desejo de encontrar saídas e soluções, ou indicações para a evangelização no território da Amazônia, acho que esse esforço desses três dias em torno dessa busca caracterizaria esses dias”, destacou Dom Jaime Spengler, 1º vice-presidente da CNBB.
Além dos brasileiros residentes na Amazônia, o Seminário reuniu participantes de outras regiões do país, de outros países da Pan-Amazônia e de outras igrejas cristãs. Os pastores luteranos Roberto Zwetsch e Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil/CONIC, participaram do Seminário de Estudo. “Fiquei muito alegre com o convite e muito honrado. A aula sinodal para mim já começou. Fiquei muito feliz de conhecer os bispos presentes e esse grupo fantástico de assessores e assessora. Saio daqui muito esperançoso, mesmo sabendo das dificuldades do processo”, afirmou o pastor Roberto.
Ao final do encontro, os participantes elencaram possíveis estratégias, ações e os próximos passos que serão dados até a realização do Sínodo, em outubro.