“Nós, jovens, não somos o futuro. Somos o hoje e o agora”, disse Paulo Ricardo Sampaio, ao participante da entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), para falar sobre a presença da juventude na 39ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).
O grande encontro do CNLB tem como tema “Cristão leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios” e encerrará neste sábado (5), com aprovação de documentos que irão subsidiar a caminhada dos leigos e leigas brasileiros.
Paulo Ricardo, 23, é natural do Maranhão e, atualmente, trabalha em Natal (RN), representaa Comissão Nacional da Juventude no CNLB e o Nordeste 2 (NE2) no Pacto pela Vida e pelo Brasil. Com uma fala embalada por música e poema, Paulo Ricardo deixou evidências nesse contato com a mídia que a depender dele a juventude brasileira vinculada ou não ao trabalho laico irá fazer muito movimento.
Cantarolou “E vamos à luta “, de Gonzaguinha, como fala primeira. Utilizou uma estrofe da composição – “Eu vou à luta com essa juventude/ Que não corre da raia a troco de nada/ Eu vou no bloco dessa mocidade/ Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada” para dizer que não basta ser jovem, é preciso acreditar na juventude e essa juventude que Paulo Ricardo é parte está na assembleia do CNLB “não para esperar esse amanhã e sim fazendo hoje, com todas as cores e em toda a sua expressão lutando contra a ditadura, o autoritarismo como lutaram os jovens no passado”.
“Nós, leigos, somos Igreja, e somos a maior parte do povo de Deus. Queremos dialogar com os mais diversos movimentos, pois, somos chamados a agir na sociedade. Como juventude, estamos juntos com todas as expressões de juventudes, leigos, não leigos, no movimento estudantil, nas ruas”.
Paulo Ricardo tomou de empréstimo o poema de Pedro Tierra (Metal e Sonho) e afirmou: “já não há quem nos detenha. Nós somos a tempestade”.
PACTO PELO BRASIL
Um movimento que reorganiza setores sociais, a mobilização em várias frentes e a própria Igreja em suas diferentes instâncias de atuação é o Pacto pela Vida e pelo Brasil. Daniel Seidel, assessor da Comissão Nacional de Fé e Política, um dos coordenadores do Pacto, disse na coletiva desta quinta-feira, disse que o engajamento no Pacto é missão dos cristãos e que o mistério que o embasa está na teologia social da Igreja, naquele acontecimento chamado Natal e lembrou que Deus assumiu uma causa ao se fazer comunidade.
Para Daniel, o pacto no Pacto pela Vida e pelo Brasil não deixará que “um governo que quer matar o povo vença” e que o método a ser utilizado nessa batalha será o de Jesus Cristo, trabalhando com pequenos grupos. “Temos que ser profeta da esperança a serviço da vida”, que é, enfim, a proposta e o princípio do Pacto.
De Roraima, falou na entrevista, a jovem Joselha da Silva Lima, natural de Tocantins, como representante do Norte I no Pacto pela Vida e pelo Brasil. Comparou o pacto a um movimento desafiador: “desvendar o olho sobre a realidade que está muito cruel”. E de acordo com ela, as ações proporcionadas pelo pacto e para o pacto andar promovem articulações muito interessantes que se caracteriza numa “inovação da conversa, por telefone, pessoalmente, proporciona perceber e alimentar a nossa própria fé”.
Patrícia Cabral, foi quem mediou a conversa, exalando alegria e esperança, e muita competência.
Mais de 200 leigos e leigas participam, até este sábado, da 39ª Assembleia Geral Ordinária da CNLB, por meio remoto.
