Ser criança

“As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança.”   (Dra. Zilda Arns Neumann)

Por: Ir. Veroni Medeiros, IENS

A criança precisa ser vista como responsabilidade de todos: dos pais, da família, da comunidade, da sociedade e também do Estado. O Estado deve promover leis e políticas públicas para que a criança tenha seus direitos garantidos e acesso aos serviços de saúde, educação, cidadania e espaços para brincar livremente. Hoje, a criança é vista como ser competente e capaz. Ela é sujeito de direitos e precisa de oportunidade para desenvolver seu potencial, ainda em construção.

A lei da Primeira Infância, 13.257/2016, dispõe sobre as políticas públicas, valoriza o brincar, a criação de espaços lúdicos e oferece condições e meios para que, desde a primeira infância, a criança tenha acesso à produção cultural e seja reconhecida como produtora de cultura.

Art. 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão organizar e estimular a criação de espaços lúdicos que propiciem o bem-estar, o brincar e o exercício da criatividade em locais públicos e privados onde haja circulação de crianças, bem como a fruição de ambientes livres e seguros em suas comunidades.

Estados e municípios precisam ter iniciativas e criar programas voltados às crianças e às suas respectivas famílias. Devem em primeiro lugar, superar a esfera federal, que estabelece os parâmetros mínimos, buscar novas frentes de ações políticas e econômicas, assim como, desenvolver um novo olhar para a infância a partir de bases científicas.

Ultimamente, a ciência vem demonstrando o empenho de estudiosos e pesquisadores sobre o valor de compreender a beleza da primeira infância. Sabemos que o cuidado que a criança recebe nos primeiros 1000 dias de vida (linkar: https://www.pastoraldacrianca.org.br/1000-dias/1000-dias-na-pastoral-da-crianca) sobre o seu desenvolvimento, emocional, afetivo, físico e cognitivo tem repercussões na infância e por toda a vida adulta. A ciência pode mobilizar a sociedade para enfrentar grandes desafios e explorar boas práticas, que possam alcançar escalas em soluções capazes de dar oportunidades às crianças em seu ambiente familiar e comunitário.

As crianças são as maiores pérolas da vida de nossas famílias e de nossa sociedade. Elas são o hoje e o futuro da humanidade. O grande problema é que vivemos numa sociedade consumista, individualista e por vezes, imediatista. A sociedade cobra lucro, sucesso e as nossas ações precisam causar impactos. Em algumas situações, as crianças ficam em segundo plano.

Devemos cuidar das crianças para que elas tenham vida em plenitude! Para que possam viver com dignidade e ter prioridade em relação aos seus direitos. Cuidar das crianças é ter paciência com elas, aprender a ouvir os seus sentimentos. Sabemos que não é uma tarefa fácil. Cuidar é exigente, precisa de tempo, de atenção, de respeito, de firmeza e de compromisso para moldar a nova vida em construção. Cuidar faz parte da missão de ser pai e ser mãe. Cuidar é brincar juntos, soltar pipa, jogar peteca, além de todos os cuidados necessários para uma infância mais feliz.

Cuidar é diferente de dar apenas boas condições de sobrevivência física e social. Muitas vezes os pais confundem cuidado com ofertas materiais, tais como: ter uma babá, ter uma boa escola, participar da escolinha de judô, futebol ou ballet, ter aula de música, aula de inglês e outros. Esquecem que o que elas mais precisam é do olhar carinhoso, da escuta, do abraço aconchegante, da alegria e da harmonia na família.

Para que possamos compreender melhor o que significa ser criança e o direito de brincar, a Pastoral da Criança desenvolveu um importante aplicativo para colaborar com as famílias e auxiliar os pais na missão de educar, cuidar e de orientar suas crianças. Em especial, neste contexto de isolamento social, as brincadeiras infantis exercem muitas possibilidades de interação e convivência.

O aplicativo Visita Domiciliar e Nutrição é uma oportunidade de baixar no celular e descobrir várias brincadeiras legais no ícone e-Brinquedos e brincadeiras, um dos materiais das e-Capacitações  que está disponível para qualquer pessoa que tenha interesse neste e outros materiais do aplicativo. (https://www.pastoraldacrianca.org.br/e-capacitacao). O e-Brinquedos e brincadeiras permite que as famílias possam conversar, brincar, participar dos jogos e resolver desafios. Esta convivência familiar aproxima pais e filhos, e auxilia para dar mais atenção aos sentimentos das crianças. Quando a criança brinca e tem um ambiente favorável ela consegue expressar o que sente e o que pensa. Isso é muito importante para um desenvolvimento emocional, afetivo e equilibrado da criança.

Ir. Veroni Medeiros, IENS

Pedagoga e especialista em Desenvolvimento Infantil – Pastoral da Criança

Pesquisar no site

Notícias recentes

plugins premium WordPress