Sínodo 2015: Assembleia não é um duelo entre conservadores e progressistas

O presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização afirmou neste domingo que os problemas da Igreja em Portugal são ultrapassados se se organizar “de maneira missionária” e que o sínodo não é um “duelo” entre “conservadores” e “progressistas”.

“O Sínodo não é um duelo entre os ditos conservadores e progressistas, mas a resposta ou não aos desafios dos sinais dos tempos”, disse D. Manuel Linda na Missa de celebração do Dia Mundial das Missões, na paróquia de Carnaxide, em Lisboa.

Por DOM TOTAL

sinodo-2-412x260Para o presidente da Comissão Episcopal Missão e Nova Evangelização “não está em causa – nem poderia estar – mudar qualquer aspeto doutrinal sobre o matrimônio”. D. Manuel Linda considera que o objetivo do Sínodo dos Bispos sobre a Família pretende, “com a condução sábia e generosa do Papa Francisco”, que “toda a Igreja tome consciência” de que em causa não está “chamar os justos”, mas “os pecadores”.

“Igreja de Deus, como dás seguimento concreto a esta linha orientadora que vem desde a tua fundação?”, interrogou D. Manuel Linda.

Na Missa do Dia Mundial das Missões, o presidente da Comissão Episcopal que dinamiza a evangelização lembrou que a Igreja em Portugal só ultrapassa os problemas internos se se organizar de “maneira missionária”

“Igreja que estás em Portugal, organiza-te de maneira missionária e verás que muitos dos teus problemas se ultrapassarão. Verás que a ‘missão no exterior’ só gera ânimo para a ‘missão no interior’”, sublinhou.

Para o presidente da Comissão Episcopal Missões e Nova Evangelização, “os missionários não se fabricam por encomenda”, mas “surgem espontaneamente quando as paróquias, as comunidades crentes, os cristãos no seu conjunto” assumirem “uma militância destemida” e uma “fé assumida e inegociável”.

D. Manuel Linda referiu-se ainda aos cristãos perseguidos e aos refugiados que chegam à Europa, provenientes especialmente do Médio Oriente, defendendo que o “acolhimento dos “mártires do nosso tempo” não pode “ficar refém de temores de quem possa vir no meio deles, mas é tarefa urgente que se nos impõe em nome do humanismo e da fé”.

A Missa do Dia Mundial das Missões foi celebrada na paróquia de Carnaxide, em Lisboa, e transmitida pela TVI, com a presença de uma delegação da Fundação Ajuda á Igreja que Sofre que acolhe nestes dias a irmã Annie Demerjian, a residir em Aleppo, Síria, e o bispo de Zaria, na Nigéria, D. George Jonathan Dodo.

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