“Ser poeta não é escrever poemas. É ser poesia. “(Sérgio Vaz)

Poeta tão sagaz, tão capaz, que no traz… Reflexão. E dessa forma iniciamos nessa construção coletiva. Num texto cheio de lutas, mas também cheio de rimas.  E quem é que define o ser poesia?

Por: Adams Cardozo de Pontes Sá

Da ponte pra cá, é bem mais do que uma utopia, ser poesia é estar com aqueles e aquelas que lutam por democracia, nas mais diversas comunidades, enraizadas no seio da periferia. É dar voz pras representatividades locais, juntamente com as pastorais, movimentos, associações, CEB´S e demais comunidades eclesiais. É ser mais, bem mais que denunciar os problemas do cotidiano, é estar junto apontando soluções, criando novos planos.

E assim eu explano, ou melhor, assim eu agradeço, pois a doação e o trabalho de cada um, de cada uma, não têm preço.

“É missão de todos nós, Deus Chama quer ouvir a sua voz”

É missão de todos nós, Deus chama, quer ouvir a sua voz. Mas qual é a voz, que ecoa do fundão? Será que estamos sendo Sal e Luz, no caminho da evangelização?

Em meio as mazelas e as tretas do dia a dia, que muito se intensificaram, em meio a pandemia, problemas aos montes tivemos a reveria, e fechar os olhos para tudo isso , seria apenas um ato de covardia.

Papa Francisco nos traz em sua exortação apostólica Evangelli Gaudium :

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” Palavras estas de reflexão, mas também de esperança.

Nos requer mudança, nos requer ação, nos requer levar a palavra, pra todos aqueles e aquelas que nunca ouviram a palavra “exortação”. Mas sem arrogância, soberba e cheios da razão, mas com humildade, escuta e mais do que tudo, coração. Coração este que pulsa sangue, que muitas vezes temos nos Zóio, “Sangue no zóio”, que nos faz tremer de indignação, dos atos de xenofobia, machismo, racismo, homofobia, misoginia, praticados nesta nação. Indignação por cada injustiça social, do abismo social, da diferença de mundos, do privilégio de poucos, do sofrimento de muitos.

“Eu só peço a Deus, que a dor não me seja indiferente”

Que a injustiça não me seja indiferente, / Que a mentira não me seja indiferente,
Que o futuro não me seja indiferente, / Que possamos cantar livremente, que :

“Um novo sol, se levanta, pois nasce hoje a civilização do amanhã, uma corrente , mais forte , que o ódio e que a morte. Nós sabemos, o caminho é o amor”

E sem dúvidas, o amor é ser poesia.

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