No dia 30 de junho, celebramos as Mídias Sociais elas que já se consolidaram no mundo e vem tomando cada vez mais espaço na sociedade, superando veículos de comunicação pela sua instantaneidade e versatilidade. Em tempos de isolamento social provocado pelo novo coronavírus, boa parte da população mundial consome conteúdos e informações através dessas mídias, que favorecem a conexão com diversas realidades.
Por: Gustavo Ramos
A Igreja Católica vem usando de maneira favorável essa produção de conteúdo através das Mídias Sociais, o próprio Papa Francisco tem conta no Instagram e Twitter no qual ele compartilha fotos, mensagens, orações e reflexões para os seus seguidores. Muitas paróquias passaram a transmitir missas, terços, orações e ações sociais através desses meios, gerando assim um canal mais próximo de comunicação com os fiéis.
Portais de notícia como o Vatican News tem produzido conteúdo de maneira gratuita e disponibilizado em mais de 30 idiomas, favorecendo o ambiente de informação para milhares de pessoas, de maneira prática e direta. O próprio Papa Francisco se mostra um entusiasta da comunicação através da internet, porém faz algumas ressalvas sobre os perigos que podem ser escondidos nela. “Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, verdade é também que se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente e pilotada dos factos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair no descrédito.” Papa Francisco em sua fala pelo dia Mundial das Comunicações Sociais em 2019.
No Brasil, muitas pessoas agem de má fé através das Mídias Sociais, com a produção de fake news e conteúdo de ódio. Essa ação marcou o ano eleitoral de 2018, elegendo candidatos que usaram desses meios para se sobressair em um ambiente polarizado, e o pior, em 2020 muitos usam desses conteúdos em blogs e portais mentirosos para reafirmar a sua posição e manter a sua base eleitoral cada vez mais efervescente.
Apesar de consolidadas, é preciso que haja uma formação em parte da sociedade que não domina todas as ferramentas disponíveis oferecidas pelas Mídias Sociais, eventualmente sendo enganadas e manipuladas. Esses meios tem potencial e terreno fértil para divulgar ainda mais conteúdos que levam a boa nova de justiça, paz e amor ao mundo, contudo é necessário semear esses objetivos.
Algumas questões são levantas, como posso preparar melhor as pessoas para lidar com essas Mídias Sociais? Qual é a melhor formação para um público mais idoso? As pessoas com baixa escolaridade estão mais vulneráveis a riscos através dessas Mídias Sociais?
Perguntas como essas precisam ser feitas constantemente, para evitar problemas. Porém a boa nova está sendo conclamada através dessas Mídias Sociais, e mostram um grande poder de mobilização como os protestos contra o racismo e fascismo que emergiram nos Estados Unidos em memória do negro George Floyd, assassinado por polícias brancos e hoje essa discussão tem tomado conta de boa parte do mundo.
Conteúdos que explicam o fascismo, que trazem relatos de pessoas que sofrem constantemente o racismo e meios de se combater ambos tem tido muitas visualizações e acessos através de portais, blogues e redes sociais.
Uma das pessoas mais emblemáticas na Igreja Católica no Brasil, vem usando de maneira espetacular essas Mídias Sociais como caminho de anúncio da boa nova de justiça, paz e amor, é o Padre Júlio Lancelotti, membro do clero da Arquidiocese de São Paulo, e tem sido aclamado como profeta, levando ajuda aos “irmãos de rua” (Como ele chama as milhares de pessoas que vivem nas ruas da maior cidade da América do Sul) e minorias que são perseguidas e negadas o direito à vida, sua voz tem tido eco até no exterior através daquilo que é divulgado pela internet.
Vamos juntos, com as Mídias Socias propagar a boa nova a todos aqueles que tem anseios por um mundo com justiça e paz, testemunhando Cristo com e através delas.
Bibliografia
Biografia
Gustavo Ramos é jornalista, produtor do documentário “Os Maronitas: a fé árabe em terras campineiras” e faz parte do grupo pelo diálogo ecumênico na Arquidiocese de Campinas-SP.
