CNLB Sul4 reformula a sua presidencia e faz reunião de formação online

O CNLB Regional Sul 4, agora um Conselho junto ao CNLB Nacional, ao estruturar sua equipe da Presidência, traçou alguns itens considerados essenciais para o início dos trabalhos e decidiu iniciar pela Formação do laicato.

Por: Salézio João de Souza

Um dos itens considerados essenciais para a formação do Cristão Leigo e leiga, engajados numa autêntica formação de “sujeitos na Igreja e no Mundo, maduro na fé, que experimentou o encontro pessoal dom Jesus Cristo e se dispôs a segui-lo com todas as consequências dessa escolha (…)” (Doc. 105, n.132), é conhecermos os Parâmetros para a formação.

Neste sentido, o CNLB Sul 4 realizou um encontro virtual para estudo e aprofundamento da publicação  “Parâmetros básicos para a formação do Laicato” (volume 4 da Coleção Sal e Luz, publicado pelas Edições CNBB), e contou com a assessoria da cristã leiga e teóloga, Celia Soares de Sousa – atualmente à serviço da Comissão Nacional de Formação do CNLB Nacional e membro do CNLB Sul 1. Celia prontamente nos atendeu com sua disponibilidade e carinho.

Foi uma alegria acolher todas/os participantes do CNLB do Regional, pessoas que, apesar de toda experiência na vida social e eclesial, participaram atentamente do Encontro formativo. Essa bonita caminhada do CNLB Sul 4 atualmente conta com o serviço de uma presidência: Silvelene de Oliveira (Leninha) – presidente; o vice Cleuton Farias Gomes, e demais membros da equipe, que se envolveram em convidar sensibilizar os cristãos leigos e leigas das Dioceses do Regional para esta importante iniciativa, prevista no planejamento do nosso Regional.  

A formação se desenvolveu seguindo o texto do livro citado. Pensar e organizar um processo formativo eclesial significa, antes de tudo, uma tomada de consciência de quem somos e onde nos encontramos na Igreja e no mundo.

A exposição da assessora provocou a mergulhar no texto e no contexto dos “Parâmetros”, e degustarmos, gradativamente, cada aspecto (do texto) através de exemplos práticos. Essa dinâmica contribuiu para nos questionarmos sobre o que estamos fazendo e quais as iniciativas podemos inserir no nosso planejamento.

Os eixos e pressupostos que foram apresentados nos deram a clareza para que antes de agirmos no impulso, adotemos uma metodologia: avaliar, organizar e planejar e celebrar a partir de ações que contribuam efetivamente para a vida dos cristãos leigos e leigas, na Igreja e na Sociedade.

A formação contribuiu, ainda, para clarear elementos fundamentais como, por exemplo, os pressupostos. Eles, enfatizou a assessora, são os elementos “que vem antes de tudo” para pensar o processo formativo. Posteriormente, temos que considerar os “eixos transversais” que atravessam os conteúdos e métodos formativos, do início até o fim, e que fundamentam a formação em qualquer que seja o contexto, especialmente para o Laicato.

Neste sentido, os cristãos leigos e leigas precisam conhecer o itinerário da educação permanente da fé, e esse exige conhecimento daquilo que se crê. Uma busca constante sobre Jesus Cristo para conhecer e amar o que ele nos anuncia: o Reino de Deus – de justiça, paz, amor – o Reio da não violência, da solidariedade, do Bem viver, da ternura e do encontro. Para seguir Jesus é preciso coerência e fidelidade!

Outros temas pertinentes que foram abordados:

a) a dignidade humana como forma concreta de vivenciar o mandamento do amor;

b) o lugar de viver a fé é nesse mundo e não em outro. Para o cristão as coisas da fé não são sobrenaturais – separadas da vida, mas um modo de viver hoje as coisas futuras. O Verbo que se fez carne, nos exige uma fé encarnada na realidade presente;

 c) o Reino de Deus não como uma ideia, um mero sentimento, mas um projeto para o ser humano que exige acolhida e conversão, mudança de vida;

d) uma Igreja “em saída” conforme (EG n. 20-24) nos coloca a pensar que: para sair, temos que estar inseridos na caminhada da Igreja. Sem essa condição, como sair? As etapas são: reconhecer-se como pessoa batizada, inserção eclesial, participação, formação e depois saída;

e) os cuidados na interpretação de um texto, seja de qual for sua natureza, corremos o risco de fazer uma interpretação fundamentalista e preconceituosa sobre as coisas da fé e da vida;

f) Nenhum texto fala por si mesmo em sua pura literalidade, mas expressa as intenções do autor. Ter cuidado com as leituras equivocadas das Escrituras.

Ao analisar os comentários dos envolvidos na formação, concluímos que esta temática nos compromete muito quando saímos sem preparo para nossa missão como sujeitos eclesiais. Foi neste sentido que Celia alertou os participantes sobre como é preocupante quando falamos em nome da Igreja, sem nenhum conhecimento destes aspectos relevantes da formação. A preocupação é no sentido de não permanecer nos “achismos”, para não comprometer negativamente nossa participação na Igreja e na sociedade. Ou seja, somos chamadas/os a de viver a “fé como uma realidade dinâmica”. Viver a fé neste mundo – fé e vida sem separação.

Somos sujeitos em processo de ensino-aprendizagem pois queremos o que nos pede o documento 105, n 19. “Ser sujeito eclesial significa ser maduro na fé, testemunhar amor a Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecendo no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia, para dar testemunho de Cristo”.

O CNLB Sul 4 tem como propósito, sobretudo a partir deste encontro, dar seguimento no Projeto de Formação. Dar continuidade em um processo formativo onde possamos como sujeitos eclesiais, sonhar e colaborar para uma Igreja mais acolhedora e inclusiva; que supere os preconceitos e assuma a prioridade da opção preferencial pelos pobres.

É importante enfatizar que os cristãos leigas e leigas deste Regional participam do Projeto de Formação – Rede de Multiplicadores do CNLB, juntamente com outros 5 Regionais, sob a assessoria da Comissão Nacional de Formação do CNLB.

Somos sujeitos em processo de ensino-aprendizagem pois queremos o que nos pede o documento 105 CNBB (Cristãos Leigos e Leigas – Sal da terra e Luz do Mundo, na Igreja e na Sociedade), n 19.: “Ser sujeito eclesial significa ser maduro na fé, testemunhar amor a Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecendo no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia, para dar testemunho de Cristo”.

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