FILHO NATO DO SERTÃO

Sou filho da terra dura,/ De um povo forte e guerreiro, / Conheço planta por cheiro, / Trabalho na agricultura. / Criei-me com rapadura / Misturada com feijão / E o calo da minha mão / Possuo desde menino. / Eu sou mais um nordestino, / Filho nato do Sertão!

Eu sofro por ver o gado / Emagrecer sem capim / E quando a seca é sem fim / Molho de pranto o roçado. Já cresci acostumado / Carregar água em galão. Não falem desse torrão / É dele que eu me origino.  Eu sou mais um nordestino, / Filho nato do Sertão!

Eu não visto preconceito. / Se você disto se veste, / Não fale mal do nordeste, / Pois o nordeste é perfeito… / Merece todo respeito / E uma condecoração / Quem, mesmo na precisão, / Não reclama do destino. Eu sou mais um nordestino, / Filho nato do Sertão!

Quem aconselha quem vem / Dizendo: “vá… antes, coma…” / Não sabe o rico bioma / Que só a gente é que tem. Ninguém aceita também / A desvalorização, / Porque nossa região / É sim um lugar divino. Eu sou mais um nordestino, / Filho nato do Sertão!

Autoria: Gislândio Araújo

Travessa São Sebastião, 169, Centro, 56740-000. Brejinho/PE

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